Person of the year 2004? Talvez…

Não foi com surpresa que vi George W. Bush ser nomeado personalidade do ano pela revista «Time». Quando li na página oficial da Internet, comecei logo a pensar na motivação para tal nomeação.
E fiz aquilo que as pessoas devem fazer antes de tomar qualquer opinião: ler, ouvir, pensar e falar. Acho que este quarteto é fundamental para uma opinião fundada e bem estruturada. Todos temos direito à nossa opinião, mas também temos o dever de saber respeitar as opiniões contrárias, por muito que muitas vezes não concordemos. E para não alimentar a nossa ignorância, devemos antes de nos deixar levar pela argumentação fácil e dogmática, reflectir e ponderar.
Assim, e nesta minha maneira de proceder, foi o que fiz quando vi a nomeação pela primeira vez. Na nomeação feita e na argumentação escrita pelo seu director James Kelly, vi razões para a nomeação. Eu consegui perceber a argumentação dele porque não coloquei barreiras ao meu pensamento e colocar-me no ponto de vista do director.
Primeiro que tudo, temos de pensar na nomeação como o fim de um protagonismo levado a cabo pelo presidente norte-americano neste ano que finda. Em segundo, ver todo o trajecto politico que o perseguiu. E se pensarmos que perante uma sociedade norte-americana polarizada, com personalidades e media muito activos na campanha eleitoral, perante uma sociedade mundial unilateral na tendência de voto contra, depois de descer nas percentagens de popularidade de 90 para cerca de 46%. Se depois destes acontecimentos, ele ainda conseguiu sair vencedor das eleições americanas, com o maior número de votos de sempre, e ser reeleito para um segundo mandato, tem sem dúvida razões para que seja uma dadas pesonalidades do ano.
Perante estes argumentos eu concordo plenamente que seja a personalidade do ano. Concordar com a nomeação em particular não significa estar de acordo com as suas politicas em geral. Agora pergunto, não haverá alguém que mereça também esta distinção? É tudo uma questão de argumentação.
Transcrevo a argumentação do director da revista «Time»: «... he´s had his highs and lows, with aproval ratings at one point hitting 90% and then sinking to 46% as the war in Iraq kept claiming American lives. Even some of this strongest supporters never considered him the odds-on favorite to win a second term. But in the end, George W. Bush prevailed. For sticking to his guns (literally and figuratively), for reshaping the rules of politics to fit his 10-gallons-hat leadership style and for persuading a majority of voters this time around that he deserved to be in the White House for another four years, we name George W. Bush as Time's Person of the Year for 2004.».
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