Tuesday, November 30, 2004

O fim de um governo prematuro

Era inevitável.

A destituição do actual governo pelo presidente da república era inevitável. As incertezas e constantes contradições deste governo levou, em nome da estabilidade, como o próprio presidente fez questão de mencionar no acto da posse deste governo, ao desfecho esperado.

Santana Lopes revelou-se um primeiro-ministro intranquilo, reaccionário e sem capacidade de governação. Mostrou que não estava preparado e que não possuía uma equipa experiente e coesa para o acompanhar. As suas escolhas foram de recurso, com os principais membros do partido a mostrarem logo desde o início algumas reticências quanto às condições normais para governar.

Agora resta a Portugal esperar. Os projectos ficam na gaveta à espera de umas eleições que no mínimo só aconteceram no mês de Fevereiro do próximo ano, com o próximo governo a assumir plenas funções apenas em Abril. O orçamento de estado fica congelado, decisões como das portagens nas scuts e as taxas moderadoras ficam suspensas à espera de decisão. Pessoas como eu, vê as suas aspirações hipotecadas, na medida em que esperava ansiosamente pelos aumentos no investimento científico nas universidades, tal como prometido pela ministra Graça de Carvalho. É mau para o país ter de passar mais uma vez pelas bocas das urnas. Não tenhamos dúvidas que o principal prejudicado deste clima de instabilidade é o povo, não os governos, pois esses passam e o país fica.

Mas, os partidos políticos e a comunicação social em geral têm que aprender uma lição. Que façam uma urgente retrospectiva do que se passou nos últimos anos e que pensem que Portugal nos últimos 4 anos vai ter 3 governos. Cenário pouco auspicioso para a estabilidade necessária para governar. Se o PS não tinha maioria, este governo tinha. Este governo foi eleito pelo povo, e não se pode estar constantemente a apelar a eleições antecipadas como se ritmou nos partidos de oposição. Neste contexto temos de saber dar o espaço para a governabilidade.

É importante entender que os projectos não nascem da noite para o dia, e como um projecto familiar, os governantes precisam de tempo para que os efeitos das suas politica dêem frutos visíveis e palpáveis. A meditar.

Sunday, November 21, 2004

Egas Moniz



Foi laureado com o Prémio Nobel da Medicina em 1949, partilhado pelo suíço Walter Rudolf Hess, pela "descoberta do valor terapêutico da lobotomia pré-frontal em algumas psicoses".

Antonio Caetano de Abreu Freire Egas Moniz (1874-1955) foi médico, diplomata, embaixador, homem de letras, orador académico e orador parlamentar. Pelos seus notáveis trabalhos sobre angiografia cerebral, tornou-se um clínico de renome mundial, pois abriu novos horizontes no domínio da neurologia e cirurgia nos centros nervosos. No hospital de Santa Marta criou uma verdadeira escola de neurologia e neurocirurgia.

A chamada de atenção para o reconhecimento do mérito deste médico português prende-se com o facto ter surgido em Londres um movimento para que o Nobel lhe seja retirado.

Apesar de e técnica hoje não ser usada, não nos podemos esquecer que num conhecimento é estático e está sempre sujeito a mutações. O seu feito remonta a meados do meio do século XX, e que posteriormente muitos estudos e experiências apoiados com novas tecnologias já foram realizadas no campo da neurologia, não sendo justo tal movimento. Lamentável.

Alfred Tomatis



"Tudo o que é recebido deve ser inteiramente dado",

defendia Alfred Tomatis (1920-2001) como lema de vida. Para este médico francês, nascido em Nice em 1920, o gosto pela medicina e as descobertas que mais tarde realizou na área da otorrinolaringologia eram dádivas divinas que deviam ser partilhadas.

Na década de 50, o otorrinolaringologista francês Alfred Tomatis revelou que a forma como escutamos tem um impacto profundo na capacidade de aprendizagem, comunicação e, de um modo geral, na nossa qualidade de vida. Filho de um cantor de ópera, Tomatis começou por ajudar os colegas do pai com problemas e voz e criou um método de treino de integração neurossensorial, com o seu nome, cujo objectivo é reeducar a escuta para que as pessoas aprendam a utilizar melhor o seu sistema auditivo.

Dotado de grande capacidade e auto-estima criou ao longo da sua vida três leis que se transformaram em postulados na fundamentação do Método Tomatis. A primeira lei diz que a voz só contém as frequências que o ouvido é capaz de captar. A segunda lei, refere que a voz pode ser alterada se alterarmos o que escutamos. A terceira lei, é a da reminiscência, se significa que é preciso reeducar o ouvido, estimulando a audição durante um certo tempo.

A aplicação do método apoia-se num aparelho que o médico francês criou, conhecido pela "orelha electrónica", que consiste em fazer os pacientes colocarem uns auscultadores e ouvirem Mozart e canto gregoriano, em frequências previamente programadas em computador. Uma terapia da escuta que funciona através da estimulação dos músculos do ouvido médio, que corrige as conexões neurossensoriais mal desenvolvidas.

Em Portugal este método tem sido utilizado recentemente no tratamento de crianças autistas.
(in Revista «Xis», 20.11.2004 )

Saturday, November 20, 2004

MoMA - Museum of Modern Art


Reabre hoje em Nova Iorque um dos melhores museus do mundo – Museum of Modern Art. Segundo o jornal «O Público» de hoje, o regresso do MoMa a Manhattan tem sido acolhido como um acontecimento arquitectónico e cultural. Segundo o seu vice-presidente Jerry Speyer, o edifício ficará registado como um dos ícones de Manhattan, a pare de edifícios como Empire State Building, Chrysler Building e Rockefeller Center. Mas não é só nas palavras que o museu é idolatrado como um dos melhores. O conteúdo das suas exposições residentes fala por si. De entre as obras-primas do MoMa destacam-se quatro obras fundamentais: "Dança" de Henri Matisse (1909); "Bicycle Wheel" de Marcel Duchamp (1951); "A Persistência da Memória" de Salvador Dalí (1931); "Bell-47D Helicopter" de Arthur Young (1945).

O museu esteve encerrado nos últimos quatro anos para uma remodelação arquitectada pelo japonês Yoshio Taniguchi (que já conta no seu currículo com nove museus!). O ambicioso projecto de remodelação deu à cidade um edifício impressionante, com toneladas de vidro, granito preto e alumínio. Nos factos históricos do museu destaca-se o ano da sua fundação que coincidiu com a Grande Depressão – o museu abriu dez dias depois da terça-feira negra – de 29 de Outubro de 1929 e as constantes remodelações e indefinições com os seus espaços; a criação de do Jardim das Esculturas de Abby Aldrich Rockefeller, um dos elementos mais carismáticos do conjunto de edifícios, foi em 1953; Há 20 anos, o MoMA sofreu mais uma intervenção arquitectónica pelo conhecido arquitecto César Pelli.

O museu em números: 630 mil metros quadrados de área total; 125 mil metros quadrados de exposição; 6 andares; 329 milhões de euros são o custo da obra; 135 mil peças de colecção; 19 mil filmes; 4 milhões de vídeo-stills; 160 mil livros na biblioteca. (in «O Público»)

Monday, November 15, 2004

Jackson Pollock


by Jackson Pollock 1912-1956
Homem Nu com Punhal (1938-1940)
(Naked Man with Knife)
Óleo sobre tela, 127x91,4 cm
Londres, Tate Gallery

Sunday, November 14, 2004

FACTO DA SEMANA - Yasser Arafat

O FIM DE UMA VIDA E O NASCIMENTO DE UM MITO

Yasser Arafat foi e continuará a ser o personificador da causa palestiniana. O homem que sempre acredito na criação de um estado palestiniano autónomo e independente. O ser que arriscou de forma heróica a sua vida em prol de um povo palestiniano. Por estas razões nasce um mito, e ele será sempre coroado como o pai do estado palestiniano.

Mas terá sido o homem certo para garantir a paz? Tal como dizia no jornal «O Público» na sua edição de 12 de Novembro de 2004 «O homem quer perdeu a guerra e não ganhou a paz», Yasser Arafat sempre foi coerente com a sua forma de actuação – um guerrilheiro nato. E foi dessa forma que se notabilizou desde 1964 com o apoio do Egipto, fundou no Cairo a Organização para a Libertação da Palestina (OLP). Desde essa data até 14 de Dezembro de 1988, em Genebra, onde Arafat aceitou a resolução 242, declarando “o direito de todas as partes do conflito existirem”, e recusa “toda a forma de terrorismo”, aceitando a existência de Israel. Mas terá realmente Arafat interpretado no sentido lato estas palavras? Ou terá sido uma “gaffe” tal como escreveram na altura os seus biógrafos Janet e John Wallach, em vez de dizer “renunciamos” ao terrorismo disse “anunciamos”? Ou foi um mero mecanismo de propaganda, de forma a sensibilizar toda a comunidade internacional?

O que é certo é que desde então Arafat nunca despiu o lenço, o “Kaffyeh”, tinha sido o emblema dos palestinianos durante a rebelião contra os britânicos, nos anos 30. Sempre desperdiçou desde então oportunidades para conseguir a paz. A sua identidade ficou ligada à imagem com que apareceu no Conselho de Segurança da ONU em Novembro de 1974 com um ramo de oliveira na mão e uma arma de combate à cinta, proferindo na altura «Hoje, eu trouxe um ramo de oliveira e a arma de combate da liberdade; não deixem que o ramo de oliveira caia da minha mão». Arafat quando oficialmente declarado presidente do povo palestiniano, teve nas mãos, a decisão deixar cair a arma da mão para amarrar com as duas o ramo de oliveira.

O que faltou a Yasser Arafat foi saber despir a farda de guerrilheiro e envergar o facto de presidente de uma nação palestiniana.

Foi durante os últimos anos um homem com duas palavras, e que verdadeiramente nunca ansiou a paz com Israel. Não os podemos esquecer que Arafat foi o homem que deu o beneplácito a acções terroristas como as dos Jogos Olímpicos de Munique em 1972, e que em 1990 apoiou a invasão iraquiana do Kuwait. Arafat errou porque nunca foi capaz de assumir perante os seus interlocutores que era contra qualquer forma de terrorismo. Homem de duas faces, sempre disposto perante a comunidade internacional a contraria o terrorismo, mas perante os seus aliados internos, sempre foi o guerrilheiro de sempre.

Será o único culpado? Obviamente que não. Embora de uma forma mais moderada, não recorrendo ao terrorismo cego nos seus actos, Israel também em determinados momentos não soube cumprir os tratados de paz. Desde 1993, com os tratados de Oslo com posterior assinatura em Camp David por Yitzhak Rabin e Arafat, o número de colonatos aumentou, e houve dirigentes políticos extremistas Israelitas que nunca aceitaram os mesmos tratados.

É tempo da reunificação. É tempo de escolha de novos líderes. É chegado o tempo de Israel perceber que não pode prosseguir com os colonatos e assassinatos selectivos para não inflamar a revolta popular, é tempo de todos cederem. E se todos cederem um pouco daquilo que tem, será possível no conjunto formar a tão ansiada paz. Nesta vitória de todos, nós Europeus e os EUA, temos responsabilidades e dessas mesmas temos de saber ajudar e servir de mediadores. Hoje existe um “Road Map” para a paz no médio oriente assinado por israelitas e palestinianos. Tratados existem, é só começar a fazer cumpri-los.

Tenho fé e esperança que ao contrário do que muitos acreditam, numa rebelião de grupos terroristas e o alastrar de uma guerra civil na Palestina, ao cair uma figura que sempre representou a guerrilha palestiniana, com ajuda do ambiente democrático que já se começou a instalar no seu território nas eleições previstas para Janeiro do próximo ano, a paz chegue finalmente ao Médio Oriente. A meditar.

Friday, November 12, 2004

In Downtown Los Angeles


esq: Walt Disney Concert Hall
Dir: Cathedral of Our Lady of the Angeles

Até à bem poucos anos, downtown Los Angeles era uma combinação de movimentadas enclaves étnicas, acampamentos de desalojados, grandes e abandonados hotéis Art Deco em que na maior parte mais pareciam arrumos da cidade. As visitas a esta zona eram raras, e os turistas eram poucos. Mas tudo isso era dantes.

Graças a um maciço projecto de revitalização baseado em novos marcos arquitectónicos para a cidade – o Walt Disney Concert Hall e a Cathedral of Our Lady of the Angels – e um crescimento de cenários de arte em Chinatown, Downtown rapidamente tornou-se num destino cultural perseguido e admirado por profetas de vanguarda.

Os artistas amontoam-se nos novos e renovados sótãos, a música e os teatros apinham-se em zumbidos à noite para o jantar em novos restaurantes e espectáculos.

E para a completa diversidade – os arranha-céus estão espelhados para moldar os formidáveis teatros da Broadway, da serenidade e tranquilidade Little Tokyo para uma caótica zona – nenhuma outra zona de Los Angeles pode ser comparada.
(in New York Times, 12.11.2004)

Em Portugal temos um exemplo de grande sucesso de revitalização de uma zona degradada – o Parque das Nações. Podemos concluir que os projectos em geral quando estudados e planeados, um pequeno investimento público pode ter um efeito multiplicador capaz de desencadear o investimento privado em favor de uma ideia pública. É esta ideia de investimento público, que infelizmente, ainda não é compreendida pelos nossos governantes, em especial os autarcas. Assiste-se repetidamente a investimentos amorfos, que permanecem como simples obra, não sendo capaz de fomentar o desenvolvimento circundante. A reter.

Tuesday, November 09, 2004

Uma mensagem para o PS

A forma como o Partido Socialista reagiu contra o prolongamento da missão da GNR no Iraque, é tudo menos uma atitude coerente de um partido de governo. O PS, ao contrário dos restantes partidos minoritários, tem responsabilidades que vão para além da oposição, e por isso, tem de ser coerente com uma postura de estado. Que o PCP e o BE não concordem, não me espanta, pois esses concordam com tudo que seja oposição, agora, o PS tem de saber manter o silêncio quando não interessa concordar.

Então vejamos as razões para se concordar com a permanência da GNR. Este prolongamento surge no seguimento de dois mandatos das Nações Unidas a favor da ajuda de toda a comunidade na estabilização, reconstrução e segurança do Iraque. A juntar a esta tomada de posição, junta-se o pedido expresso nos últimos tempos do primeiro-ministro iraquiano Allawi, na ajuda da formação das suas polícias e estabilização de forma a tornar possível a realização de eleições democráticas em Janeiro. Assim, verifica-se, que mais o que nunca, se o Iraque precisa de ajuda é agora, pois está a escassos meses de se tornar uma verdadeira democracia. Quer se concorde com a guerra ou não (e eu sou dos que tenho dúvidas quanto à legitimidade e fundamento) esta não é a melhor altura para se virar costas a um pais que pede ajuda a toda a comunidade internacional.

Não esperava esta atitude do Eng. José Sócrates. A rever.

Saturday, November 06, 2004

K2



Pode ser mais pequena do que o Everest, mas K2 é a mais extrema montanha no planeta. Marcus Trower explica o porque de tais singulares desafios para os alpinistas.

O tamanho não é tudo. Com 8850 metros de altitude, o Everest pode ser mais alta 239 metros do que K2, mas é apenas um pormenor na comparação. Ao contrário do Everest, K2 não é uma montanha que um inexperiente alpinista com muito dinheiro na algibeira pode considerar triunfar; esta é só para os melhores montanhistas. É distante, dura e homicida, e todos que consideram alcança-la lá no topo, tem que meditar sobre uma apelativa estatística: K2 tomba uma vida em quatro subidas. “Está perigosamente próximo da Roleta Russa”, disse um dia o professor Raymond Huey, que é co-autor de um estudo em 2000 sobre as mortes dos montanhistas.

Todas as montanhas têm a sua própria personalidade e dispõem dos seus próprios testes. K2 está latente ao longe de Godwin-Austen Glacier na região paquistanesa do Baltistan; é não convidativa, perigosa e intimidativa. O seu nome é algo estranho. Ela foi apelidada “K2” por Survey na Índia em 1856 – O “K” significa Karakoram, enquanto “2” significa o segundo pico na cordilheira para ser identificado. Tem sido referenciada por apenas uma letra e um número desde sempre.

O desafio começa antes de alcançar a montanha. Existem dois roteiros para o topo – um aproxima-se do lado norte, o outro do lado sul. Para atacar a montanha pela frente norte, deverá normalmente voar para Islamabad, e percorrer 800 km de carro para Kashgar, China, e viajar de jipe e numa caravana de camelos para a base de K2. muitos montanhistas optam por ir pelo lado sul, embora mais fácil de alcançar ainda envolve uma energética caminhada de 64 km de Baltoro Glacier, Paquistão. Muitos alpinistas ficam espantados quando são confrontados com um edifício de rocha, gelo e neve pela primeira vez. Jim Curran, que escreveu K2: The story of the Savage Mountain, disse: “K2 permanece absolutamente como ela própria. A aproximação é dura. No acampamento, na base, faz-nos sentir como da lua de trata-se. E a montanha parece totalmente inexpugnável.

Enquanto algum alpinista que desafia esta montanha não poder alcançar a tarefa facilmente, as dificuldades de K2 são o coração da atracção. É um original e selvagem teste para aqueles que tem capacidades, coragem e atrevimento para tentar abater desconfortáveis obstáculos.

by Times, 20.Out.2004

Thursday, November 04, 2004

Eleições Norte-Americanas

Foi sem surpresa que recebi a notícia que o Presidente George W. Bush ganhou as eleições mais concorridas na história dos EUA. A previsibilidade deste resultado ficou-se a dever à forma polarizadora como foi feita a oposição nos EUA e no mundo. Ora vejamos o meu ponto de vista.

A campanha de todos aqueles que eram contra a reeleição do actual presidente centrou-se no voto anti-Bush e não no voto em John Kerry, atirando para segundo plano o candidato democrata e fazendo deste um candidato sem rosto. Depois apelou-se à mobilização do voto democrático, originando a reciprocidade no voto republicano. Estes acontecimentos só vêm provar que a radicalização de uma eleição é a melhor armada do adversário.

Quero deixar bem claro, que se eu fosse norte-americano e tivesse direito de voto, primeiro fazia a minha ponderação e depois votava em consciência.

Por momentos tomei a liberdade de me pôr no lugar de um cidadão norte-americano para tomar a decisão de voto.

Primeiro fiz uma retrospectiva do que o presidente Bush fez de bom e de mau nestes quatro anos. Claro que ele teve aspectos positivos e negativos como todos os presidentes que tomam medidas democráticas e que são susceptíveis de contradições dependendo do ponto de vista de cada indivíduo. E neste campo, encontro os tais aspectos negativos que suplantaram, e sem margem para dúvidas, os aspectos positivos. Agora, o que não faria, era votar anti-Bush, mas pelo contrário tentar rever-me nas posições politicas do candidato John Kerry. E ai sim, encontrar razões para o voto. E sem sombra de dúvida que o meu voto ia para Kerry, pois trata-se de uma pessoa moderada com politicas moderadas, com consciência e perspectiva mais consensual do meio ambiente.

O problema desta eleição foi cair no erro de centrar a decisão do voto numa guerra contra um homem. As pessoas esqueceram-se que havia dois candidatos, de um lado George W. Bush e do outro John Kerry. Um erro que serve de lição para o futuro. E lembrar que ao apelar no voto contra estamos a fazer acordar votos a favor que estão adormecidos!