Reflexões de Adriano Moreira
Uma noite de domingo é sempre bem passada quando dispomos um pouco do nosso tempo para ouvir verdadeiras personalidades politicas como Adriano Moreira. A sua lucidez politica é prova que a dialéctica não tem idade e ultrapassa qualquer cor partidária. Foi desta forma que ouvi ontem o senhor Adriano Moreira em mais uma entrevista do programa «Diga lá Excelência». Na perspectiva do professor e especialista em politica internacional só o fim do unilateralismo norte-americano poderá permitir voltar a uma ordem mundial estruturada em torno de instituições criadas após a segunda guerra mundial como as Nações Unidas, FMI, Banco Mundial de Investimento e uma concepção de segurança.
Contudo tenta realçar para a importância de «ajudar a América a mudar de comportamento sem perder a face». Mas para atingir a razoabilidade, o professor defende que a Europa e em particular a França terão de adoptar uma «atitude menos arrogante face só seu velho aliado».
São estas opiniões a fazer a diferença entre um bom e um mau político. Um bom político tem o dever de saber ler os factos e funda-los em posições equilibradas, longe de extremismos dogmáticos. Ao admitir que «A experiência do Iraque deve ser vacina definitiva contra os unilateralismo» está a alvejar o centro das negociações e das reconciliações. A nossa atitude será a de um bom irmão na ajuda no outro irmão numa fase difícil e não optar pela via mais fácil – a fuga.
Uma vez consumado o erro de invadir o Iraque devemos tentar chamar à razão os EUA e seduzi-los para as politicas multilaterais anteriores à invasão, mas nunca exigir uma mudança radical como alguns pregadores da verdade tentam fazer, pois todos sabemos que esse caminho não é possível.
Sou adepto de atitudes ponderadas e equilibradas, desta forma defendo o diálogo aberto entre a Europa e os EUA. Quanto à França terá de perceber que o centralismo Europeu está centrado na mesa redonda dos seus países. Qualquer decisão em nome da Europa terá de ser discutida pelos seus membros. Este assunto vem a propósito do levantamento do embargo de armas à China. O problema do controlo do armamento é um grande desafio mundial que exige a responsabilização de todos os países. Os esforços de luta contra a proliferação de armamento é responsabilidade de todos e não apenas dos EUA.
Uma vez deteriorada a estrutura da ordem mundial é tempo de remodelação e ampliação das mesmas. Todos sabemos que as Nações Unidas dos moldes actuais são despropositadas, portanto temos o direito multiplicar o seu campo de intervenção para o bem do funcionamento das instâncias democráticas mundiais.
(Este artigo foi publicado no jornal «Público» em 08.Março.2005)
Contudo tenta realçar para a importância de «ajudar a América a mudar de comportamento sem perder a face». Mas para atingir a razoabilidade, o professor defende que a Europa e em particular a França terão de adoptar uma «atitude menos arrogante face só seu velho aliado».
São estas opiniões a fazer a diferença entre um bom e um mau político. Um bom político tem o dever de saber ler os factos e funda-los em posições equilibradas, longe de extremismos dogmáticos. Ao admitir que «A experiência do Iraque deve ser vacina definitiva contra os unilateralismo» está a alvejar o centro das negociações e das reconciliações. A nossa atitude será a de um bom irmão na ajuda no outro irmão numa fase difícil e não optar pela via mais fácil – a fuga.
Uma vez consumado o erro de invadir o Iraque devemos tentar chamar à razão os EUA e seduzi-los para as politicas multilaterais anteriores à invasão, mas nunca exigir uma mudança radical como alguns pregadores da verdade tentam fazer, pois todos sabemos que esse caminho não é possível.
Sou adepto de atitudes ponderadas e equilibradas, desta forma defendo o diálogo aberto entre a Europa e os EUA. Quanto à França terá de perceber que o centralismo Europeu está centrado na mesa redonda dos seus países. Qualquer decisão em nome da Europa terá de ser discutida pelos seus membros. Este assunto vem a propósito do levantamento do embargo de armas à China. O problema do controlo do armamento é um grande desafio mundial que exige a responsabilização de todos os países. Os esforços de luta contra a proliferação de armamento é responsabilidade de todos e não apenas dos EUA.
Uma vez deteriorada a estrutura da ordem mundial é tempo de remodelação e ampliação das mesmas. Todos sabemos que as Nações Unidas dos moldes actuais são despropositadas, portanto temos o direito multiplicar o seu campo de intervenção para o bem do funcionamento das instâncias democráticas mundiais.
(Este artigo foi publicado no jornal «Público» em 08.Março.2005)
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