Saturday, October 30, 2004

Constituição Europeia

O dia de ontem fica marcado pelo dia 29 de Outubro de 2004, dia da assinatura da Constituição Europeia. É um dia para mais tarde vermos registado nos livros de história, como uma data marcante, caracterizando-se como a charneira da mudança política europeu. Esta constituição pretende ser o início da criação do tão ambicionado estado federal.

A minha perplexidade reside no facto de ver a sua importância esvaziada num simples processo político, e não como processo politico subordinante do nosso pais. As pessoas dos diversos países ainda não sentiram a verdadeira dimensão da mudança politica que está em curso.

É tempo de os países da união se decidirem. É tempo de declararem friamente, se querem ou não fazer parte da união federal, e encarar a união com esta designação. Não é tempo de subterfúgios e de empurrar com a barriga para a frente como uma mera formalidade. Os países terão que repensar na sua continuidade e tomar a decisão certa, em conformidade com a vontade do povo.

Assim apelo, a todos os políticos, a não fazerem do próximo referendo sobre a Europa, uma questão politica interna, mas a dar voz aos assuntos realmente importantes sobre e para a Europa. Não podemos tornar a assistir, à forma pouco elegante como os partidos políticos tiram as conclusões sobre a eleição dos deputados europeus. Parecia que nem da Europa se tratava, mas sim, um fechar de contas de dois anos de governação da maioria parlamentar portuguesa.

Mais uma vez insisto, em pensar na Europa como sendo Portugal e pensar em Portugal como sendo da Europa.

Estamos num momento de decisão, num momento de dar voz ao povo, no momento das pessoas pensarem realmente para o que vão votar e qual a finalidade do seu voto. Como estamos em democracia vence a maioria.

Não tenhamos dúvidas, que o que está em causa é o «sim» ou o «não» aos ESTADOS UNIDOS DA EUROPA.

Sunday, October 24, 2004

Uma palavra para Cartum

Cartum é a capital do Sudão, na confluência do Nilo Branco com o Nilo Azul, que conta com cerca de 600 mil habitantes.

Hoje vem publicada na revista Pública um artigo sobre as atrocidades cometidas pelo regime vigente. A capital do Sudão é descrita como «uma cidade paradoxal, suspensa sobre um abismo. Entre o apelo da sensualidade africana e a opressão do islamismo fundamentalista. Tudo é apetecível e tudo é proibido: beber, dançar, passear, viajar, namorar, conversar. Cenas da vida quotidiana de uma capital à espera de uma revolução.»

Sinais de que a democracia é urgente para aquela região. O problema é que perante este cenário na capital de um país divido, o resto do pais como a região do Darfur, não deixa de ser um espelho partido, onde as populações refugiadas em campos de concentração, vêem as suas vidas serem ceifadas por invasores islâmicos fundamentalistas.

Perante este cenário só resta uma solução. A intervenção urgente da ONU e dos países desenvolvidos para resolver este problema que flagela milhares de pessoas inocentes todos os anos.

Sunday, October 10, 2004

Prémios Nobel 2004

Não queria deixar passar despercebido mais uma entrega anual dos prémios Nobel da Academia Sueca.

Laureados com o Prémio Nobel 2004 nas diferentes áreas:

Prémio Nobel da Física
David J. Gross
H. David Politzer
Frank Wilczek

Prémio Nobel da Química
Aaron Ciechanover
Avram Hershko
Irwin Rose

Prémio Nobel da Fisiologia ou Medicina
Richard Axel
Linda B. Buck

Prémio Nobel da Literatura
Elfriede Jelinek

Prémio Nobel da Paz
Wangari Maathai

O Prémio do Banco da Suécia na área da Economia cientifica em Memória de Alfred Nobel
Finn E. Kydland
Edward C. Prescott


Este ano o Prémio Nobel da Paz não premiou o inverso da guerra convencional, mas uma premiação para a luta contra a destruição da natureza. A academia resolveu dar importância a outras formas de destruição e galardoou Wangari Maathai, líder do movimento por si criado, Green Belt Movement, que desde há quase três décadas já conseguir plantar 25 milhões de árvores no Quénia. A decisão levou em conta a contribuição de Maathai "para o desenvolvimento sustentável, a democracia e a paz".

Para mais informação consultar: http://www.nobelprize.org

Friday, October 08, 2004

Recomendo

«O FIM DA HISTÓRIA E O ÚLTIMO HOMEM»

De Francis Fukuyama

Recomendo este livro, pois é uma visão filosófica e arriscada no seu ponto de vista, sobre o novo regime imergente em muitos estados: «A democracia liberal». Francis Fukuyama baseia-se no pensamento de Hegel no início do século XX, em que o fim da história seria o estado liberal. Este fim da história, refere-se obviamente ao fim do início de mais progressos no desenvolvimento dos princípios e instituições fundamentais, porque todas as questões verdadeiramente importantes tinham sido resolvidas.

O último homem aparece como o indivíduo que finalmente emerge no fim da história, que presenteia este acontecimento, e que vive numa era em que a motivação final da sua passagem passa pela «luta pelo reconhecimento» numa democracia liberal e económica.

É um livro verdadeiramente interessante, que nos faz pensar e fornece uma visão espectacular sobre a sociedade em que vivemos. Além do mais fornece elementos que nos fazem ver que realmente, o estado liberal em que vivemos não sendo perfeito – por vezes gerador de conflitos internos, em áreas como a droga, falta de habitação, crime, danos no ambiente e à frivolidade do consumismo – mas à luz dos princípios liberais, estes problemas não são obviamente insolúveis, nem tão graves que conduzam ao colapso da sociedade como um todo.

Boas notícias dos Açores

Esta semana li uma notícia no jornal «O Público» que suscitou a minha atenção e que deveria suscitar a atenção de toda a gente. É um bom exemplo para o rectângulo político (como diria o senhor Alberto João Jardim...) do bom cumprimento dos deveres políticos.

Desta forma, pude ler no jornal que os beneficiários do rendimento mínimo baixaram de 20% para 7,1%. Todos nós sabemos que no meio destes números há sempre algo contraditório, que alguém injustamente usufruidor deixou de o poder usufruir, ou que não é bem assim, muitas argumentações poderiam aparecer neste contexto para as oposições politicas. Agora o que não deixa de ser verdade, e a razão oficial que sustenta tal facto, prende-se com o aparecimento de uma nova fábrica de lacticínios, nas explorações agrícolas, mais pesca, que foram responsáveis pelo aparecimento de mais emprego. Esta é a explicação governamental para a diminuição do rendimento mínimo nos açores.

Os açores e a Graciosa então de parabéns!